"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.

Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."



- Martha Medeiros -

Meus Blog’s!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

-BAR INFER’ NUS-

"Bar Infer'NUS"


Tami era uma garota que por mais que se maquiasse continuava com ‘cara de criança’. Já tinha passado dos 24 e em todos os bares de São Paulo pediam sua identidade! Era um saco! Tinha ‘cara de criança’! Era um fato! O corpo também não tinha se tornado voluptuoso. Continuava igualzinho aos seus 15 anos, quase 10 anos depois!

Naquela noite saiu com as amigas para um barzinho da moda, numa rua da moda, num bairro da moda, de São Paulo. O Infer’NUS. A brincadeira era que a meia noite os sprinklers eram acionados molhando todo mundo (o lance do NUS) porque ficava todo mundo de roupa colada, que nem naqueles concursos de “Camiseta Molhada”. Depois disso a temperatura ambiente aumentava para 43° (o lance do Inferno). Era a maior ‘moda’ de Sampa e toda a galera frequentava! Era a 1° vez que ela ia ao Bar e estava totalmente ansiosa!
Ela vestiu um vestidinho curto, coladinho no corpo... cheio de estrelinhas prateadas num fundo branco. Quando colocou na loja, de dia, tinha achado ótimo! Mas agora, a noite, via que ele era totalmente transparente. Colocou um conjunto de lingerie branca de seda e renda e colocou o vestido por cima... o conjunto de seda e renda aparecia... “demais”... apagava um pouco as estrelas... ahh... sei lá... ficou estranho! Resolveu colocar o vestido sem nada por baixo!

A buzina tocou, a galera chegou no carro da Ritinha, uma loira que era a única que não bebia, por isso sempre levava e trazia a galera! Ela desceu correndo e entrou! Cumprimentou a Ritinha, a AnaLu, a MaLu e a Bella. Todo mundo pronto. Foram pro barzinho. Logo na entrada ela notou um grupo de carinhas lindos, sentados numa mesa no canto. Nenhuma menina/mina. Ou eram todos boiolas ou o padrão das ‘minas’ do bar ainda estava baixo para eles... então vestiu se melhor sorriso, ajustou o seu melhor rebolado, e entrou na ‘passarela’ do bar como se fosse uma rainha, uma princesa, uma Top Model! Os longos cabelos, soltos e cheirosos balançavam junto com a bundinha empinadinha... e sem que ela percebesse, a cada passo que dava o vestido dava uma ‘subidinha’!
Andou, escolheu a mesa, sentaram, mandaram descer os drink’s mais exóticos e saíram para dançar. Não aceitaram convite de ninguém pra dançar... dançaram umas com as outras o tempo todo... deu pra suar... ficaram bem uns 40 minutos dançando direto... depois voltaram pra mesa, pediram gelo e meteram nos drink’s que já estavam quentes e beberam, pediram uma porção de... que mesmo? A música tava muito alta? E as luzes? Tavam piscando mais? Ela tentou falar com as amigas mas todas estavam meio grogues... até a Ritinha que tinha pedido sua infalível Coca-Cola.
Elas tentaram conversar entre si, mas parecia que não falavam coisa com coisa, mas estavam todas muito felizes! O que era bom! Não era? Um dos caras mais bonitos que ela tinha visto quando entrou tirou ela para dançar, foram pra pista e ele parecia um polvo... era como se ele tivesse 6 mãos... que passeavam por todo seu corpo, inclisive por baixo do vestido! Mas ela estava feliz... não estava? Ele ia murmurando coisas no ouvido dela que ela não entendia totalmente... “bonita”, “gostosa”, “cheirosa”, ela entendia, mas “amigos”, “ser boazinha”, “não gritar”, “não falar alto”... ela nem estava falando! Ou estava?
De repente as luzes diminuíram, o barulho também, mas ela ainda estava dançando, porque seu corpo era lançado de um lado para o outro... e devia estar na pista de dança porque sentia muitas pessoas em volta... tocando-a... de repente começou a sentir frio... e ligaram os splinkers. Ela ficou toda molhada. Mas em compensação ela começou a sentir o calor de várias mãos no seu corpo. Passeavam, apertavam... e ela foi ficando mais sóbria... na hora percebeu que não estava na pista, e nem no bar, mais parecia um quarto de hotel, melhor, Motel... e daqueles bem baratos... ela olhou e viu o loiro bonitão sentado longe da cama, com um pau enorme na mão se masturbando... e como se aquela fosse a a pergunta mais correta a ser feita ela perguntou... “Qual o nome de vocês?” Ela ouviu três gargalhadas na mesma hora, mas o loiro repondeu, apontando para si mesmo “Jonas” para algum lugar acima dela “Moacir” e para outro “Netão”... mas de repente se deu conta que tinha mãos nela e tinha alguém dentro dela... ela tentou se mexer para saber quem era e um pé de bota foi colocado em seu rosto contra o travesseiro. Juntaram suas coxas e joelhos e enfiaram por baixo dela sem tirar a bota de seu rosto ela falava “Não, não, está me maxucando!” ou será que só sussurrava? Por que ninguém ouvia?
Ela passou a sentir alguém metendo na sua menina... e de repente começaram a forçar seu cuzinho virgem... ela se debateu, tentando lutar, sofrendo a dor, gritando que não... e agora ela ouvia seus gritos... tinha certeza de que estava gritando! Então sentiu o soco, na mesma hora o gosto do sangue na boca e o palavrão gritado no seu ouvido “Caralho, cala a boca, vadia!” o rabinho ardia, já com um pedaço grande de um pênis entrando dentro dele. Mas ela não parou de lutar nem de gritar. Levou tantos socos no rosto e nas costas que quase nâo se mexia... parou de se mexer de dor... com certeza algo tinha se quebrado... mal conseguia falar... engasgava no seu sangue que jorrava... de onde? Do nariz? Da boca? Dos dentes?

Ela só sentia a dor... então fechou os olhos, relaxou o corpo e deixou sua mente levá-la para casa, para sua cama, seu lençol, o cheiro de seu travesseiro, seu jacaré de pelúcia que ela dormia agarradinha... som ambiente... cheiro de incenso... paz... tranquilidade!
Os três rapazes riam e gritavam com ela. O loiro que ainda não tinha ‘fodido a gatinha’ se masturbava enlouquecidamente olhando um dos amigos enfiando em seu cuzinho, se apoiava com o joelho na cama e o pé na cara da menina, e o outro metia com toda a força na garota, fazendo até a cama mexer. De repente ele notou que a garota parou de lutar e ficou atento... era o mais sóbrio dos três. Então passou a observar a menina atentamente e viu seu rosto se acalmar, como o de um anjo... “Puta que pariu! Pára, pára...” já era tarde... ambos seus amigos estavam gozando “Ela morreu! Ela morreu! Olha pra cara dela... tá calma, tá feliz, mesmo com toda essa porrada... vamos sair daqui seus ‘Mané’” os outros, meio bêbados meio em pânico, mal perceberam a porta do quarto sendo arrombada e três senhores de mais de 60 anos entrando... um armado com uma .45, um com um pedaço de madeira, e o outro, que tinha ‘sangue nos olhos’ de tanto ódio, náo tinha nada nas mãos, havia arrebentado a porta sozinho com 3 socos e um pontapé... as mãos sangravam! Eles arrancaram os moleques de cima de Tami com um puxão só!



A .45 não foi disparada! Cada senhor ‘catou’ um dos moleques e qualquer um diria que eles sairiam perdendo, pois eram mais velhos, mas a fúria era tanta que eles arrebentaram os moleques de porrada, socos e pontapés... só pararam quando o pessoal do Motel entrou e apartou a briga, junto com uma loirinha voluptuosa, que nunca tinha ficado bêbada, principalmente com Coca-cola... se ligou que tinha alguma coisa errada e apertou ‘2’ no seu celular, e mesmo sem conseguir conversar com seu pai do outro lado da linha... ele entendeu tudo, ligou para os pais das amigas e foram correndo até lá. Dois eram advogados. Um ficou no clube, com os policiais, fechando o local e procurando pistas, além de fazer muitas ameaças. O outro providenciou a entrada no Motel, na base das ameaças, também, e estava lá com o gerente neste momento...
Ritinha entrou no quarto à força, e foi olhar sua amiga Tami, que estava totalmente dopada, nua, estuprada, com o nariz quebrado, a lateral do rosto toda roxa, como se tivessem apertado seu rosto num torno mecânico... pela posição do braço ele estava quebrado, as costas todas roxas, pareciam socos... ou joelhadas... os joelhos e pernas de Tami etavam em baixo do corpo e o ânus sangrando profusamente, junto com a sua menina pequenina e lisinha que tinha uma garrafa de refrigerante de vidro enfiada dentro.
Na mesma hora Ritinha pegou seu celular e discou para um amigo seu no Corpo de Bombeiros e pediu um socorro, falando onde estava e detalhando o que estava vendo da sua amiga Tami. Foi orientada a não colocar a mão e nem deixar ninguém mexer pois se tivesse algum problema na coluna, poderia ser agravado com a movimentação. Então ficou ali, acariciando seus cabelos e cantando em seu ouvido, mais para acalmar a si mesma do que sua amiga que estava completamente apagada! Mas respirava!
Em menos de 15 minutos o SAMU adentrava o Motel para tirar a menina de lá... depois de vários cuidados levaram-na para o hospital, onde foi muito bem tratada e fizeram realmente TUDO que puderam por ela. Ela dizia que ouvia a voz de um anjo cantando e Ritinha chorava por saber que pôde ajudar pelo menos psicologicamente!
Como a Tami ficou? Viva! O resto? Não faz parte da história!
Então o que faz parte da história? O cuidado de ter um amigo sóbrio no grupo que vai pra festa. O cuidado desse amigo ter um meio de comunicação praticamente infalível! O cuidado dessa pessoa escolhida para ficar do ‘outro lado da linha’ não tomar o caminho de julgar quem está do outro lado do fone e sim de ‘saber’ que se ela está ligando é porque alguma situação fugiu ao controle! Essa pessoa não vai fazer ‘corpo mole’ na hora, não vai dormir e nem deixar o celular tocar, porque está de paciência cheia! O cuidado de avisar onde vai e com quem vai, dando telefones para essa pessoa, pois alguma coisa pode acontecer... e só dessa forma você poderá ter uma ‘Rede de Segurança’!
Mesmo que seja no Infer’NUS!
-Aysha – A Rainha da Vida... e da Morte-

-Hope Subway-

2 comentários:

Conde Vlad disse...

Que texto forte moça.

Em dado momento eu pensei ser um texto sensual, depois pensei ser algo BDSM, e no fim acabou sendo um ato de estupro inadmissível.

Conta pra mim, esse conto tem um pé de verdade? Você soube de algum desrespeito? Alguma amiga sua? Poxa... as descrições foram tão vívidas que eu adquirí ódio por estes monstros e se eles existem de fato, algo deve ser feito, se é que já não foi feito.

Eu fiquei chocado com tamanha agressividade relatada.

E me espanto que este nunca foi o conteúdo do seu blog. Fiquei assustado se tal coisa ou próximo disso ocorreu em seu âmbito de amizade.

Beijos do Conde.

Conde Vlad disse...

Oh moça. Verídico. Nossa...

A gente conversa sobre no MSN, se quiseres conversar.

Beijos do Conde.

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