"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.

Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."



- Martha Medeiros -

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

-MEU LUTO-


Ontem eu estava vendo uma série da TV paga e me deparei com “As Cinco Fases do Luto”: Raiva, Negação, Negociação, Culpa (ou Depressão), Aceitação. E me perguntei se as coisas podem ser de fato assim tão organizadas, tão cumpridora de etapas.

Como criatura racional que sou, na maior parte do tempo, eu costumo analisar, quantificar, registrar, organizar tudo mentalmente como um grande organograma controlado por fórmulas do Excel, onde a mais usada é a SE. Se (x=y ≠z; x=a; 0) Ou algo parecido. E isso servia inclusive para as emoções humanas, bem ao modo daquela outra série que registra verdade ou mentira com base no conjunto de expressões da pessoa, o comportamento determinando o sentimento, a emoção envolvidos.

Porém no meu momento atual simplesmente não tenho conseguido seguir esse processo racional a tal ponto que decidi não me punir mais pela tortura da auto-exigência e procurado estender a outros vértices meu modo analítico, indo pras paragens psicológicas concluindo que as emoções, os sentimentos são subjetivos mesmo sendo comum aos seres, de tal forma é isso verdade que eles podem ser deturpados, violentados, sofridos, massacrados ou idealizados, super valorizados, mas talvez nunca sejam somente o conceito que lhes foi atribuído, o que me leva a pensar quem foi que disse que cada um é isso que é dito dele (do conceito das palavras)?

Tenho convivido nas últimas semanas com pessoas lidando com medo, dúvida, esperança, ansiedade, descaso, desprezo, angústia, alegria, plenitude, discrição, estereotipização, confusão... e me colocando de fora da minha própria situação, vejo-me de modo mais específico e noto como estou em realidade, mas essa análise não me isenta de sentir essa mesquinhez que é sofrer, com tanta coisa bela a ser vista no mundo e eu com essa autocomiseração pela vida que se foi...

O meu luto, acho, começou com descrédito, realmente não acreditava que estava perdendo a pessoa mais importante da minha vida, a mais influente, a mais amada, adorada, querida, a mais sens'ivel, a mais amiga, a mais... mais! Foi pro questionamento (com Deus) depois pra ter síncopes de raiva, raiva, mais raiva e desilusão. Mais raiva ainda, certamente da vida, de mim, por ter sido incapaz de segurá-la ao meu lado, e mais de mim por ter me permitido a inocência do amor, sem nenhuma precaução sobre as artimanhas da vida. No final a vontade de ir junto... e mais raiva por que não fui! Mais raiva e Fuga (Fuga está na lista?).

De fora, olho pra mim, vejo-me e percebo-me ridícula com toda essa mágoa inútil.
Mas o que sobra agora é saudade! Além da vontade de ir junto e da Fuga!
"Quando, por qualquer razão, não se faz a passagem pelas diferentes fases do luto, o ser ferido pela perda fica agarrado a uma relação que já não existe e não consegue construir uma vida verdadeira e nova.
As causas destes insucessos no processo do luto são múltiplas: falta dos rituais sociais que favorecem o decorrer do luto, insuficiência de informações necessárias sobre a maneira da fazer o seu luto, incapacidade de se exprimir emocionalmente, etc.
O luto é assim um tempo obrigatório entre duas fases da vida: aquela que deixámos porque nos separámos do ente querido e aquela que virá depois de o termos deixado partir e que será completamente diferente da precedente."
(http://www.anossaancora.org/pagina/luto_fase.htm)
São só palavras
São e só
Só e são
A cada respirada se está vivo
A cada adormecida se está vivo
A cada vitória se está vivo
A cada fracasso, derrota se está vivo
A cada mágoa, tristeza se está vivo
A cada desmaio, inconsciência se está vivo
A cada segundo, minuto, hora se está
(e às vezes não se quer estar) vivo.
-Benflos-

-Hope Subway-


.org/pagina/luto_fase.htm


"O luto é uma vivência emocional de dor motivada por uma perda, com as mais variadas causas e geradora de stress até o mais alto grau. Essas perdas podem ser o falecimento de um genitor, filho, parente e/ou cônjuge, separação do casal – nesses casos, o grau de stress emocional pode chegar a 100%. (...) Importante é saber que essas fases não podem ser puladas ou suprimidas. A vivência de um luto exige tempo, e cada pessoa tem o seu tempo próprio de duração do luto."
(Dr. José Antonio de Oliveira, psicólogo junguiano)

Um comentário:

Anônimo disse...

lENDO AQUI....ESTOU NUMA FASE DE ALTOS E BAIXOS,ACEITAÇÃO/NEGAÇÃO,MEDO,
DOR,ONDE PARECE QUE O QUE RESTOU DA ALMA VAI SER ENGOLIDA....
PEÇO AO SAGRADO QUE ACALME,APAZIGUE E QUE POR FIM,RESTE APENAS AQUELA SAUDADE BOA.
TODAS AS NOITES FALO COM MEU HERÓI PELO PENSAMENTO,SEI QUE ELE AINDA NÃO ME OUVE,MAS QUE ME SENTE.
E POR FIM O CORAÇÃO ACALMA..
BEIJOS MENINA

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