"Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos ,um livro mais ou menos.

Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."



- Martha Medeiros -

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

- NÃO SE DEVE MENTIR! -


   Fui visitar minha amiga Camila, ela tinha acabado de terminar uma relação e as coisas estavam doloridas para ela. Toquei a campainha e ele atendeu. Meu Deus! O nariz vermelho, pior que de palhaço. Os olhos pareciam ter saltado das órbitas de tão grandes! Ela já tava há 3 dias em casa... e não deve ter tomado banho nenhum desses dias... nem penteado cabelo, nem escovado os dentes... ECA!
    Fui muito diplomática, como toda boa amiga deve ser. Empurrei pra dentro. Joguei a bolsa na mesa e já comecei a empurrá-la pro banheiro arrancando suas roupas. Ela foi reclamando... mas foi! Enfiei ela no chuveiro... enchi a escova de pasta e no meio de uma reclamação enfiei e escova em sua boca... virei ela de costas e comecei a desembaraçar os cabelos que passam do meio das costas, com creme... deu um trabalhão! Ela saiu do banho um ser humano novamente. Fizemos as unhas, escova, hidratação... ela virou uma mulher novamente... comemos chocolate, bebemos vinho e falamos mal do cretino... ela virou Camila novamente!
    A conversa tava boa, ela tava bem, já tava me preparando pra ir embora, ela grita “Menina! Você tem que me levar na missa!” olhei perdida... era comigo que ela tava falando? “Eu na... miii... onde?” será que eu tinha ouvido direito? “É menina, na missa! Vamos!!” será que ela sabia que já fazia... ai céus... nem sei quanto tempo que eu não ia a missa? “Tá! Vamos!” me resignei... o que não se faz por uma amiga? Ainda mais com algumas taças de vinho na cabeça. Chegando lá, estranhei. A igreja tava cheia. De mulheres. Até aí sem novidades, apesar de que, nos dias de hoje as igrejas não enchem mais, mas... as mulheres eram jovens, em sua maioria!


    Minha amiga, para meu desespero me puxou para os primeiros bancos, onde empurrou duas senhoras corpulentas, todas vestidas de preto, com véu preto na cabeça, terço e mais santinhos, livrinhos de orações e até um vidrinho que devia ser água benta... quando sentei ao lado delas, sem jeito, ouvi as duas rezando a Ave Maria em latim! Valha-me deus! Em latim? É ser muito carola... quer dizer... penitente! A missa começou com todo aquele ritual e eu olhando fixamente para as duas não vi nada! Elas eram um espetáculo à parte! Mas de repente toda minha atenção foi para a frente... para o padre... que voz! Uma voz quente, de travesseiro, que no ato já te faz ter pensamentos pecaminosos... que voz!
    Ele nem era assim um ícone da beleza... loiro, olhos azuis muito claros, boca carnuda, nariz afilado com um furinho no queixo e uma covinha na bochecha direita... os cabelos ligeiramente desarrumados e um sorriso devastador... mãos... mãos muito brancas, calosas, devia fazer outro serviço fora dali, mas grandes, firmes e quadradas... era só o que dava pra ver... o resto... era mais de 1,90m cobertos por aquela odiosa batina! Não! Com certeza não era um ícone de beleza! Ele começou o sermão e eu, embalada pelo som de sua voz comecei a sonhar em tirar aquela batina... quando todo mundo levantou Camila me puxou e deixei uma marca úmida no banco.
    Ufa! Quem diria... fui salva da perdição pelo fim da pregação! Quando chego à porta querendo passar longe do padre para não cumprimentá-lo como toda aquela imensa fila... minha amiga só o avisa que vai esperar todos irem embora para se confessar. Confessar? Ela é louca?? Confessar? Entrei em pânico! Calma! A confissão é dela! Só dela! Sentei pra esperar. Ela foi até lá... entrou naquele aperto... demorou cinco minutos lá dentro e ajoelhou ao meu lado pra pagar sua penitência. Fiquei esperando. Quando ouço “E você filha? Não deseja se confessar?” ai céus... não... não desejo me confessar padre... desejo outras coisas... “Venha... a confissão vai lhe fazer bem para o corpo e a alma!” como é que se diz não pro padre? Mas que M... meleca!
    Parei na frente do confessionário e tremi “Há quanto tempo você não entra aí?” ele perguntou com um sorriso de parar o trânsito “Desde a 1ª Comunhão” respondi me arrepiando só de pensar em me apertar naquele cubículo “Então acho melhor você se confessar no meu gabinete” saiu andando na frente e eu fui logo atrás... ele entrou, tirou a paramentação e se sentou. Mandou que me ajoelhasse a sua frente para me confessar... e eu já ia pensando no que dava e no que não dava pra contar pro padre “Bom, já que faz tanto tempo que não se confessa, porque não começa me dizendo no que estava pensando enquanto eu pregava?” eu tremi, mas não olhei pra ele “Na sua pregação, oras!” ele riu “Humm... e sobre o que eu falei?” a boca secou “Hum... ahnn... ehh... sobre a Bíblia?” ele riu alto e gostoso “Bom... já sabemos que mentira é um dos pecados da sua lista... agora que tal a verdade?” olhei pra ele... encarei... olhei dentro dos olhos azuis... me emperdiguei... “O Sr tem certeza de que quer saber sobre o que eu estava pensando, padre? Será que o Sr agüenta ouvir isso?” ele titubeou... “Ahnn... claro! Nós estudamos para lidar com qualquer situação... nós... é... sabemos...”


    “Então tá padre... eu tava pensando em subir de quatro aquele púlpito, entrar de baixo dessa batina, lamber suas panturrilhas e coxas, deixando-as molhadas com a minha saliva... até chegar no seu saco... sugar ele, chupar... ali... ajoelhada embaixo do púlpito, embaixo das suas saias enquanto o Sr pregava... depois passar a língua de leve em todo seu cacete, desde a base até a pontinha... colocar os lábios em volta da cabecinha e sugar que nem se chupasse pirulito... depois ir colocando centímetro a centímetro dentro da minha boca até ele ficar entalado na minha garganta e foder seu cacete com minha boquinha quente e úmida... arranhar sua bunda com minhas mãos e apertar até marcar com as unhas as suas nádegas e te fazer gozar, aos gritos na minha garganta, bem no meio da pregação! Então levantar, limpar a boca na batina, fazer um bochecho com a água benta, e sair andando pra casa!”
    “Acabou?” o padre perguntou com a voz neutra... eu fiquei confusa porque queria escandalizá-lo e ele estava ali sentado, todo fleumático, como um inglês! Balancei a cabeça positivamente “Então de pé para sua penitência” me colocou com os cotovelos sobre a mesa, abriu a gaveta e tirou uma palmatória, levantou minha saia “Em silêncio!” ele sussurrou no meu ouvido... e desceu a primeira... “Agora repita... não devo mentir em cada palmada!” desceu mais cinco em cada nádega! Depois que falei a última vez ainda não tinha deixado o orgulho de lado... virei e perguntei “Se por mentir eu apanhei desse jeito, o que vai fazer com tudo que eu disse? Me chicotear?”
    Ele riu... “Você acabou de aprender a lição de que não deve mentir... então não minta! Faça! Tudo que você disse que ia fazer! Agora!” e parou de pé com as pernas meio abertas de frente pra mesa dele... não pensei duas vezes fiquei de quatro e entrei batina adentro... uau... que anaconda!
    Ele realmente urrou de prazer... saí debaixo da batina e limpei a boca nela... já tava indo embora sem dizer nada “Espera... tem a última parte!” me jogou um vidrinho na mão, peguei no ar... abri... bochechei e cuspi na pia batismal.
    “Nossa! Por que você demorou tanto?” Camila perguntou... “Ai, menina, não me confessava desde a 1ª Comunhão!” ar incrédulo “E a penitência?” sorri pra ela “Já paguei... mas acho que venho na semana que vem pra deixar as coisas em ordem! O padre tinha razão... a confissão faz bem pro corpo e pra alma!”

- Jade – A Azarada –
- Hope Subway -

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